Covilhã : Carlos Pinto pede a demissão de João Esgalhado e Pedro Silva
Diario Digital Castelo Branco/Lusa | 2013-02-08 07:26:00
O
presidente da Câmara da Covilhã, Carlos Pinto, pediu aos dois
vereadores da maioria social-democrata que contestam a sua gestão para
se demitirem do executivo, enquanto pelo menos um deles o acusa de
violar a lei.
Na prática,
com a rutura consumada em novembro por divergências políticas, o PSD
perdeu a maioria: nas reuniões passa a ter garantidos quatro votos, face
a três eleitos da oposição PS e outros dois vereadores.
Em
declarações à agência Lusa, Carlos Pinto criticou hoje o "comportamento"
de João Esgalhado - um dos eleitos pelo PSD que contesta a presidência -
por "numa altura da crise" ter votado contra "a atribuição de habitação
social, protocolos com jardins de infância e outros assuntos",
aprovados pelos restantes eleitos numa reunião privada do executivo na
quarta-feira.
A votação
foi divulgada hoje num comunicado do município em que Carlos Pinto acusa
João Esgalhado e Pedro Silva de ocuparem lugares que “legalmente são
deles, mas politicamente não".
"Os
covilhanenses votaram na lista encabeçada por mim", conferindo
"confiança política ao titular" com "maioria esmagadora na assembleia
municipal, mas não na câmara", referiu.
No seu
entender, os dois novos opositores "estão a subverter as eleições que
tiveram lugar há três anos, portanto, deviam ir embora".
No entanto,
João Esgalhado acusa Carlos Pinto de ser "populista" e de estar a criar
"uma burla na opinião pública", considerando que enquanto vereador
eleito deve "lealdade para com o concelho", mas "nunca como lacaio do
presidente".
Em
declarações à Lusa, referiu ainda que até concorda com várias matérias,
mas votou contra como forma de protesto por considerar que o presidente
"está a liderar as reuniões de câmara em ilegalidade".
Em causa
está o facto de ainda não ter sido agendada uma proposta apresentada
pelo vereador há várias reuniões, sendo que, "por lei, todas têm que ser
votadas".
A proposta
diz respeito a um pedido da fábrica de lanifícios Tessimax, uma das
maiores empregadoras da região, para reforço da iluminação pública junto
às instalações, "por questões de segurança".
O agendamento "continuará a ser reiterado" e, "se de outra forma não for [resolvido], terá que ser em tribunal", concluiu.
Segundo João
Esgalhado, os dois vereadores, juntamente com os três eleitos do PS, já
pediram uma reunião extraordinária do executivo para segunda-feira, às
09:00.
Questionado pela agência Lusa, o presidente da Câmara da Covilhã recusou-se a comentar a proposta.
Apesar das tentativas, não foi possível contactar o vereador Pedro Silva.
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