domingo, 14 de outubro de 2007

Começou a campanha eleitoral

Os sinais estão a chegar:o governo iniciou a campanha eleitoral para 2009.A mesma medida anunciada uma, duas e três vezes ;as “boas novas” em termos do orçamento do próximo ano inundam a comunicação social em vésperas do congresso do principal partido da oposição ;os anunciados descongelamentos na função pública; as acções de propaganda de meros actos de gestão, revelam uma atenção cuidada na mediatização da imagem do governo. Honra lhe seja reconhecida, que em matéria de comunicação o governo não brinca em serviço. As manifestações às visitas do primeiro-ministro têm estragado um pouco a”festa da governação”.O modo como José Sócrates começou por reagir revelam o incómodo que lhe causam. Tentou emendar a mão quando desceu ao terreno na Covilhã fazendo doutrina sobre a “festa da democracia”, mas o erro já estava feito antes. Os activistas sindicais perceberam-no e não lhe vão largar o pé como já antes o tinham feito a Cavaco e Guterres. Mas o principal problema a curto prazo não vai estar aí, ou na oposição, mas em Belém. Cavaco não gosta de ser enganado e já o deu a entender em várias mensagens a última a partir dos Açores. O orçamento de Estado é um embuste em relação aos compromissos eleitorais de José Sócrates.A despesa com o funcionamento do Estado continua a subir e o controle do défice é obtido à custa da imputação fiscal. A economia não arranca. As relações entre as estruturas do governo e da presidência já tiveram melhores dias.E se a coabitação terminar bem mais cedo que o previsto ?

publicado por José Manuel Constantino às 12:08

"Retirado do blog Estadosdalma"

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