quinta-feira, 16 de outubro de 2008



«A Exposição de Aves da Beira Interior atrai gente de todo o país»



Paulo Tourais
P – Quais as expectativas para a IIª Exposição de Aves da Beira Interior?
R – Esta já é a terceira organização, sendo que a primeira foi uma mostra e esta é a segunda exposição, porque tem as aves a concurso. As expectativas são grandes, na medida em que a feira tem vindo a crescer e tem trazido pessoas de diversas partes do país, cada vez mais interessadas em visitar e em participar.

P – Esperam superar os 3.500 visitantes do ano passado?
R – Sim. Este ano, apontamos para um número de visitantes entre as quatro a cinco mil pessoas. Estamos a apostar também na zona raiana, nos espanhóis, que são muito dedicados a estas questões das aves.

P – Para além dos visitantes nacionais, também há a vertente internacional?
R – Sim. Tenho tentado captar mercado na zona espanhola, pois acho que tem um potencial interessante, até porque ao virem cá também deixam os seus euros. Temos essa expectativa e todos os anos temos tido esse eco, uma vez que sabemos que os espanhóis já têm esta feira no seu roteiro. É por isso que também espero que este ano o número de visitantes seja maior.

P – Qual o objectivo de organizar um evento deste tipo no Ferro?
R – O primeiro objectivo é, sem dúvida, elevar a um patamar superior a questão da ornitologia. Temos uma parceria com o Clube Ornitológico da Beira Interior e temos vindo a realizar esta única exposição em todo o interior português. Por outro lado, também pretendemos divulgar a vila e trazer visitantes até nós. Por último, queremos promover o convívio entre as pessoas da freguesia e os visitantes.

P – Quantas aves estarão em exposição ao longo dos quatro dias do evento?
R – Haverá cerca de 500 aves, mas este ano vamos introduzir um factor novo que é a primeira feira de aves, onde poderão ser adquiridos desde cisnes, faisões a pavões, ou seja, aves ornamentais de grande porte, o não tínhamos até agora. Deste modo, estamos a criar condições para que quem queira iniciar-se na ornitologia possa comprar a gaiola, o alimento e a ave. Estarão à venda mais de mil aves e a concurso 500, que, por norma, são os canários, com a toda a sua gama e variedade de cores, mas também os agaponis e as araras. Portanto, as aves em exposição são as de mais pequeno porte, que ficarão num sector diferente do pavilhão, onde os visitantes poderão admirar, por exemplo, 100 canários brancos e tentar perceber qual a diferença que fez com que um ganhe o primeiro prémio e os outros não. Há também canários vermelhos, amarelos e outros.

P – A feira é, então, mais um motivo para os "amantes" das aves irem ao Ferro?
R – É mais um motivo de atracção, pois sabemos que há muita gente que gosta de outro tipo de aves de maior porte e que até aqui não estavam representadas. Participam várias empresas, uma das quais de Mafra, que é talvez um dos maiores fornecedores nacionais de aves de grande porte, como cisnes, pavões e diversas qualidades de patos, pombos. Até roedores vão estar presentes. Portanto, vai haver uma mostra muito alargada, principalmente, de aves e de tudo o que anda à sua volta. Penso que, finalmente, temos condições para ter a feira que se tem procurado.

P – Esta iniciativa traz gente de todos os pontos do país?
R – Por norma, traz gente de várias regiões. Por exemplo, vem muita gente do Entroncamento e de Leiria também. Às vezes também depende de onde é conseguimos divulgar, mas temos tido a colaboração da imprensa que chega a toda a parte do mundo. Por outro lado, o mundo da ornitologia e das aves canoras tem uma enorme multidão de seguidores e esta iniciativa tem sido reflexo disso.

P – É uma aposta para continuar?
R – Pelo menos, enquanto eu estiver à frente da Junta de Freguesia é para continuar, porque, além de ser única na região, é um evento muito engraçado e colorido.

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