sábado, 7 de março de 2009

PROTESTO CONTRA O GOVERNO

MOÇÃO DE PROTESTO CONTRA O GOVERNO
A maioria PSD na câmara municipal da Covilhã aprovou por maioria, esta sexta-feira, uma moção de protesto contra o Governo. Os sociais-democratas acusam o executivo, liderado por José Sócrates, de estar a travar vários investimentos no concelho. O vereador do PS votou contra

A construção de uma central de biomassa, a nova barragem das Penhas da Saúde, a zona de jogo e a via periférica á cidade, são alguns dos exemplos de projectos, referidos pelo vice-presidente, que esperam luz verde do Governo. Para João Esgalhado, trata-se de uma postura inaceitável “ esperámos três anos, sistematicamente a chamar a atenção, a intervir, a não deixar adormecer os dossiers. O nosso trabalho de casa está feito, queremos que da parte do Governo haja respostas” , acrescentando “se entender que são negativas, que tenha a coragem de o dizer”.

O vice-presidente da autarquia covilhanense acusa ainda o Governo de discriminar a cidade e concelho privilegiando Castelo Branco “com a instalação de vários serviços, como a DRAP Centro, as estruturas regionais da segurança social e “agora vai de instalara a ASAE”.

“E porque não consultaram a Covilhã”, questiona João Esgalhado.

Numa alusão ao secretário de estado do comércio, serviços e defesa do consumidor, Fernando Serrasqueiro, o autarca covilhanense afirma que “nós percebemos que o responsável da ASAE é de Castelo Branco, haverá uma afinidade afectiva, mas este não pode ser o critério”. Para João Esgalhado não é correcta “ esta discriminação que estamos a sentir, cada vez mais”.

Argumentos contestados pelo vereador do PS no executivo covilhanense. Para Miguel Nascimento a moção aparece devido ao momento eleitoral que se aproxima “ nunca vi uma moção de congratulação, desta maioria, pelas obras, investimentos e apoio que o Governo do PS tem dado à Covilhã. Esta moção só se explica porque estamos a entrar num período eleitoral”.

O autarca socialista considera errada a postura do PSD na CMC ao apontar baterias para outras câmaras do distrito. Admitindo que a maioria tem o direito de se manifestar e de efectuar diligências para a colocação de serviços e a aprovação de projectos para o concelho, Miguel Nascimento sustenta que a CMC não tem o direito de criticar outras cidades que “ têm a mesma legitimidade que têm os órgãos eleitos do concelho da Covilhã, porque os autarcas dessas cidades também, foram eleitos democraticamente”.

Na reunião, o executivo aprovou por maioria, coma a abstenção do vereador do PS, a carta educativa do concelho.

Paulo Pinheiro

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