segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Festa de Aniversário


Hoje a Junta de Freguesia de santa Maria levou a cabo mais uma festa de aniversário para os idosos que cumpriram anos no mês de Novembro.

Nesta ocasião foi sorteada pela primeira vez uma estadia por uma noite num hotel da cidade.

É também importante referir que esta festa que já é realizada a algum tempo por esta Junta passou agora a ter lugar no Espaço das Idades, em vez da sede das Juntas como era habito.

Esta é uma iniciativa de louvar, dado que muitos dos que ali vão é a única festa que têm por vários motivos como por exemplo não terem família.

Por isso aqui ficam os meus parabéns á Junta de Santa Maria por esta iniciativa.

sábado, 28 de novembro de 2009

BANCO DOS SONHOS


O Serra Shopping da Covilhã, em parceria com o moto clube da Covilhã, fomenta o banco dos sonhos, uma acção de angariação de brinquedos e roupas que decorre no piso 0 daquele espaço comercial, durante todo o período de funcionamento do centro.

Para construir o banco de sonhos e tornar o Natal das crianças mais alegre e divertido a partir de hoje e até 6 de Dezembro, os visitantes do Serra Shopping podem deixar o seu donativo que reverte inteiramente a favor de duzentas crianças, pertencentes a instituições locais, nomeadamente o centro social Jesus Maria José, do Dominguiso, infantário Capuchinho Vermelho, do Tortosendo e a casa do Menino Jesus, da Covilhã.

No dia 19 de Dezembro os presentes serão entregues pelos motards do moto clube da Covilhã nas suas motos e atrelado em formato trenó. De acordo com os responsáveis do Serra Shopping, a acção conta com a presença de 40 Pais Natal do moto clube que distribuirão os presentes angariados.

Paulo Pinheiro

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ruas substitui Biscaia na Associação de Municípios


José Manuel Biscaia



António Ruas

NEWSLETTER_43.2009 CMC

Covilhã - Sábado - MODA COVILHÃ - Teatro Cine 21:30

O Teatro Cine da Covilhã recebe no próximo Sábado, dia 21 de Novembro, pelas 21:30 horas, um desfile de moda da colecção Outono / Inverno intitulado Moda Covilhã. Trata-se de um evento com a participação de diversas lojas da Covilhã, música ao vivo com o DJ Pedro Santos e a Tuna Académica de Medicina da Universidade da Beira Interior (Tunamus) e música contemporânea pelo Conservatório da Covilhã.

http://bandadacovilha.blogspot.com/

65º Aniversário da Banda da Covilhã


27-28-29 NOV e 1 DEZ 2009

Com uma página histórica invulgar, no movimento associativo da cidade, é a BANDA da COVILHÃ oriunda, e continuadora, da antiga “BANDA INDEPEDENTE”, a qual por motivos de ordem política, e em consequência de ordem superiores, foi encerrada em 1937, tendo na altura revertido todo o património da associação para os poderes públicos.

Um grupo de homens imbuídos pelo espírito associativo, fizeram ressurgir o Movimento Musical na Covilhã através da implementação de uma renovada “BANDA” decidida em Assembleia Geral de 28 de Agosto de 1944 e que no dia 1 de Dezembro desse mesmo ano a “NOVA BANDA da COVILHÔ saiu à Rua e nunca mais parou até aos dias de hoje.

A Banda da Covilhã comemora assim 65 anos da sua reorganização, atravessando um período de total renovação, passando por uma grande aposta na Escola de Música, Valores e Talentos e por projectos inovadores, com criatividade e que acima de tudo criem e mobilizem novos públicos.

Pilar importante no movimento cultural da cidade da Covilhã e seu Concelho, a Banda da Covilhã é hoje uma referência no campo musical, onde “a música inspira os mais novos” e onde é possível usufruir de uma aprendizagem gratuita, formadora e integradora.

Numa linha de continuidade com os principais objectivos da associação, insere-se o programa das comemorações do 65º Aniversário, onde os mais novos, a música e o futuro são pontos fortes na programação.

Destacamos o workshop “Lixo com Ritmo” no sábado – dia 28 de Novembro com o Prof. Joaquim Alves, a Exposição e o Concerto de Aniversário e no domingo, dia 29 pelas 16:00 no Teatro Cine da Covilhã sob a direcção artística de José Eduardo Cavaco, a tertúlia “O futuro das Bandas Filarmónicas” com o maestro Paulo Martins e o dia do Aniversário.

65º Aniversário da Banda da Covilhã


Sábado – Dia 28 de Novembro

10:30 - Orquestra Juvenil (sede)

14:30 - Workshop “Lixo com Ritmo” (sede) – ANEXO A

Domingo – Dia 29 de Novembro

10:00 – Missa (Igreja S. Francisco)

    15:30 – Inauguração da Exposição Nú com Dó da autoria de Sandra Mêda (Teatro Cine da Covilhã) – ANEXO B

    16:00 – Concerto de Aniversário pela Banda da Covilhã – 3º Covilhã em Directo (Teatro Cine da Covilhã) – Direcção artística: José Eduardo Cavaco – Entrega de Prémios do Concurso de Quadras Populares.

Segunda – Dia 30 de Novembro

10:00 – 20:00 – Dia aberto da Colectividade

    21:30 – Tertúlia – “O Futuro das Bandas Filarmónicas” com Paulo Martins (Foyer do Teatro Cine da Covilhã) - Momento Musical - ANEXO C

Terça-feira – Dia 1 de Dezembro

10:30 – Chegada da Banda de Pínzio

11:00 – Içar da Bandeira e Cumprimentos às Autoridades

13:00 – Almoço de Aniversário

Circuito do Algarve 2 - João Fonseca

Piloto da Covilhã vitorioso no Algarve

Quando nada o fazia prever, João Fonseca foi substituir Ribeirinho Soares na última prova do Campeonato de Portugal de Resistência no Autódromo Internacional do Algarve, fazendo assim dupla com Luís Martins ao volante do bonito CVO.
O piloto da Covilhã correu pela primeira vez no Circuito do Algarve evoluíndo rapidamente durante os treinos. "É sem dúvida um circuito fantástico, temos de conhecer bem a pista e treinar bastante para não perder tempo em relação à concorrência. Foi um fim-de-semana onde a aprendizagem e evolução tiveram que ser rapidas."
Martins com uma excelente condução obteve o melhor tempo dos treinos conseguindo assim a "Pole Position" para a equipa.
Sem a pressão de obter uma boa classificação, Fonseca apenas tinha que terminar as duas corridas do fim-de-semana para manter o Vice-Campeonato de Luís Martins. O piloto Vila Real foi o primeiro a começar ambas as corridas mantendo sempre um ritmo fantástico, para na segunda metade das corridas passar o volante a João Fonseca, que melhorou bastante o seu andamento e assim conseguiu levar o CVO até final vencendo ambas as corridas dos Sport-Protótipos. "Estamos muitos satisfeitos, correu tudo da melhor forma. O CVO esteve impecável, conseguimos um excelente resultado. Os objectivos a que nos propusemos foram superados. Foi um excelente fim-de-semana para encerrarmos os Campeonatos oficiais em grande festa."

Luís Martins arrecadou assim o Vice-Campeonato de Sport-Protótipos e João Fonseca somou as duas vitórias ao 3º lugar obtido no Circuito de Vila Real subindo ao 5º lugar final do Campeonato.

Parabéns a toda a equipa MartinsSpeed pelos resultados obtidos e por todo o trabalho efectuado durante o Campeonato de Resistência e Campeonato de Montanha em 2009.


segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DEPUTADOS EM COMISSÕES


Na passada quarta-feira (12 de Novembro) foram instaladas as comissões permanentes da Assembleia da República, onde se processa o trabalho legislativo na especialidade, assim como a fiscalização do Governo e demais organismos. Os deputados eleitos pelo distrito de Castelo Branco integram várias comissões.

Hortense Martins, PS, íntegra, como membro efectivo, as comissões de assuntos económicos, inovação e energia e a comissão de orçamento e finanças. Como suplente a comissão de trabalho, segurança social e administração pública.

Jorge Seguro Sanches, PS, é membro efectivo das comissões de assuntos económicos, inovação e energia e de agricultura e pescas, e membro suplente da comissão de orçamento e finanças.Os dois deputados eleitos pelo PSD pelo círculo eleitoral de Castelo Branco integram quatro das treze comissões permanentes.

Carlos Costa Neves, PSD, é membro efectivo da comissão de assuntos europeus, presidida por Vitalino Canas do PS, e suplente na comissão de agricultura e pescas que Pedro Soares, do BE, preside.

Carlos São Martinho Gomes, PSD, tem assento como membro efectivo na comissão de assuntos económicos, inovação e energia, que o socialista António José Seguro preside; e é membro suplente da comissão de obras públicas, transportes e comunicações, com presidência de José Matos Correia do PSD.

Paulo Pinheiro

sábado, 14 de novembro de 2009

DUPLA CRISE


Jornalista Paula Brito
Portugal precisa de um novo modelo de desenvolvimento económico. A ideia foi defendida pelo presidente do instituto Sá Carneiro, na universidade da Beira Interior. De acordo com Alexandre Relvas, que participou no décimo primeiro encontro nacional de estudantes de economia e gestão, Portugal vive uma dupla crise. (OUVIR NOTÍCIA)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

NEWSLETTER_42.2009 CMC

Workshop “Lixo com Ritmo” Concurso Literário A Banda da Covilhã, no seguimento do projecto “Orquestra do Lix



http://bandadacovilha.blogspot.com/


A Banda da Covilhã, no seguimento do projecto “Orquestra do Lixo” – um projecto lançado em 2007 e com uma vertente músico-ambiental, leva a efeito o 1º Workshop “LIXO com RITMO” com Joaquim Alves. O mesmo terá lugar no âmbito das comemorações do 65º Aniversário da Banda da Covilhã, no sábado dia 28 de Novembro, a partir das 14:30. Totalmente gratuito mas com número de inscrições limitadas (máximo 30 participantes) que podem ser feitas na sede ou via e-mail para rui.patricio@hotmail.com

LIXO COM RITMO - Tendo como base ritmos como o Hip-Hop, Kuduro, Funky, Samba Reggae, entre outros, que estão associados à cultura urbana e alternativa, associando estes rimos a objectos usados no nosso dia a dia como, bilhas, garrafas, bidões, colheres de pau, sacos plásticos, tambores de máquinas de lavar loiça e roupa, latas etc.., e também sons do corpo que irão substituir os instrumentos convencionais, iremos construir uma peça rítmica e melódica, para apresentar no final do workshop.

Além do objectivo lúdico - musical, este workshop tem como 2º objectivo sensibilizar as pessoas para a importância do acto de reciclar. Separar, reciclar, reutilizar é o processo que segue o lixo, aplicando este mesmo processo vamos separar os sons dos plásticos, metais, papel, vidro, reciclando esses sons iremos reutilizar os que mais se adaptem às construções rítmicas e melódicas que usaremos no workshop, para que no final seja possível apresentar uma pequena peça musical de aproximadamente 20 minutos.

JOAQUIM ALVES - Começou os seus estudos musicais em 1989 na Escola Profissional de Música de Espinho, em 1993 foi estudar para o Conservatório de Roterdão e em 1994 ingressou na ESMAE. Durante estes anos teve como professores, Carlos Voss, Elisabeth Davis, Miguel Bernat, Robert van Sice, Emannuel Séjourné. Participou em Vários estágios da OPJ (Orquestra Portuguesa da Juventude) e da Orquestra de Harmonia da CEE entre os anos de 1989 e 1994. Trabalhou como músico convidado variadíssimas vezes com a Orquestra Gulbenkian, Régie Sinfonia, Orquestra Nacional do Porto, Orquestra Sinfónica de Lisboa e Orquestra do Norte. Desde 2000 tem estudado música popular brasileira e percussão teatral com percussionistas brasileiros, como Vinícius Barros, Rogério Boccato, Dalga Larondo entre outros.

Ultimamente tem dado workshops de percussões brasileiras, Cajon Flamenco e Peruano, ritmos e percussões alternativas, em alguns festivais como o “ANDANÇAS”, e em algumas escolas como “Os Gambozinos”, no 1ºfestival de percussão de Tomar “TOMARIMBANDO” e trabalhou durante 1 ano com o projecto social Pular a Cerca com crianças do bairro do Cerco no Porto, desenvolvendo um trabalho com percussões alternativas.

Em 2007 e 2008 foi monitor dos workshops de princípios do ritmo, ritmos urbanos e ritmos do mundo na Casa da Musica no Porto inserido no serviço educativo da mesma. Em 2008 foi o monitor dos DIAS DA PERCUSSÃO no Conservatório Regional de Música de Vila Real e participou também como monitor nas férias lúdico-desportivas promovidas pela câmara da Trofa, dando workshops de percussão. No decorrer deste ano participou também no terceiro curso de formação de animadores musicais orientado por, Paul Griffiths, Sam Mason e Tim Steiner promovido pela casa da música.

É professor de Percussão desde 1993 na Escola Profissional de Música de Espinho, e coordenador da classe de percussão da mesma escola desde 2002.



Concurso Literário “ Quadras Populares” da BANDA DA COVILHÃ

Regulamento do Concurso

1 – ENQUADRAMENTO - O Concurso Literário “Quadras Populares” é um concurso integrado no evento “Aniversário – 65 anos da Banda da Covilhã”, a decorrer nos dias 28-29-30 de Novembro e dia 1 de Dezembro de 2009, organizado pela ARMC – Banda da Covilhã, aberto à participação de toda a população Sénior da Covilhã.

  1. – OBJECTIVOS
    1. O Concurso tem como objectivos a dinamização da Língua Portuguesa e incentivar esta faixa etária a valorizar competências técnicas e de criatividade.
    2. Os trabalhos a concurso que vierem a ser seleccionados serão dados a conhecer no Concerto de Aniversário a realizar no Teatro-Cine no domingo – dia 29 de Novembro pelas 16:00, com a entrega de prémios.

  1. – CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO
    1. Podem participar neste concurso todos os Seniores a partir dos 60 anos, em grupo ou a nível individual.
    2. Os itens requeridos para a elaboração das quadras populares são os que se enumeram a seguir:
  • A quadra a concurso terá de incluir obrigatoriamente duas das seguintes palavras – “Banda da Covilhã”; “Até os Santos Dançam”; “Festival da Cherovia”; “65 Aniversário”; “Escola de Música, Valores e Talentos”; “Pautinha”
  • Cada participante só poderá concorrer com um número máximo de duas quadras (dactilografadas ou manuscritas em letra legível) e entregues dentro de um envelope, em folha A4 separada, usando um pseudónimo.
  • No envelope será mencionado apenas o seguinte “1º Concurso Literário “Quadras Populares” da Banda da Covilhã”, acrescido do pseudónimo adoptado pelo concorrente.
  • Dentro do envelope referido no ponto anterior, deverá ser colocado outro envelope fechado contendo: - No exterior o pseudónimo do concorrente; - No interior, a identificação do concorrente (nome completo, idade, grupo ou individual).

  1. – ENTREGA DE TRABALHOS

1. Os trabalhos devem ser entregues até ao dia 25 de NOVEMBRO até 20:00:

Por mão própria na sede da Banda da Covilhã

Por carta – Banda da Covilhã – Rua de S. Salvador 17 6200 Covilhã

Por e-mail – guida.robbins@gmail.com

  1. – JÚRI

O Júri será composto da seguinte forma:

- Um elemento da Direcção da Banda da Covilhã – Vice-Presidente que será a Presidente do Júri.

- Dois Professores de Língua Portuguesa que serão apresentados nessa qualidade.

O júri reúne no dia 27 de Novembro para ponderação e escolha das melhores quadras.

A deliberação do Júri será divulgada no dia do Concerto do 65 Aniversário da Banda da Covilhã – 29 Novembro

Nesse mesmo dia, será também divulgada a composição do Júri que procedeu à avaliação das quadras.

Da decisão do Júri não cabe recurso.

  1. – CRITÉRIOS DE SELECÇÃO

É da competência do Júri responsável a análise criteriosa dos materiais sujeitos a concurso, podendo proceder a eventuais correcções linguísticas nos trabalhos vencedores, com vista à sua apresentação pública.

(serão tomadas em consideração aspectos como: ortografia, sintaxe, criatividade)

  1. – ATRIBUIÇÃO DE PRÉMIOS

Serão atribuídos prémios à primeira e segunda melhores quadras.

Será atribuída uma Menção Honrosa a todos os participantes

O Júri reserva-se o direito de não atribuição de prémios, caso os trabalhos apresentados revelem não possuir os requisitos exigíveis.

  1. – CERIMÓNIA DE ENTREGA/DIVULGAÇÃO DOS PRÉMIOS

Na Cerimónia da Entrega de Prémios estão presentes:

- O Presidente da Direcção da Banda da Covilhã

- O júri do Concurso

Aquando da cerimónia, serão lidas as quadras premiadas pelos seus autores

    Prémios

  1. Um cheque no valor de 50 músicos
  2. Um cheque no valor de 30 músicos

Entrega de um Certificado – Menção Honrosa

O factor Vara


Miguel Sousa Tavares
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O factor Vara

8:00 Segunda-feira, 19 de Jan de 2009



















Ultimamente tenho sido industriado num conceito novo sobre a vida que é também uma filosofia de vida: ser "leve". Ser "leve" é o contrário de ser "pesado", é, parece, a capacidade de levar as coisas sempre de uma forma ligeira, de não se preocupar demasiadamente com nada nem dar demasiada importância a coisa alguma. Aconteça o que acontecer, façam o que fizerem, as pessoas "leves" levam tudo na despreocupada: nada deve ser suficientemente grave ou importante para que deixem de rir e de sorrir todo o tempo e em todas as circunstâncias. Trata-se de um conceito moderno e urbano, que a mim me deixa um pouco baralhado, até porque nos últimos anos tenho aprendido a preferir cada vez mais a chuva no campo do que os dias cinzentos na cidade. É verdade que os portugueses sorriem pouco e que sorrir faz bem à saúde e torna as pessoas mais bonitas. Mas lembro-me de a minha mãe dizer que os que vivem eternamente felizes e despreocupados, sempre a rir ou a sorrir, ou são parvos ou são inconscientes. Sim, porque é difícil distinguir onde acabam as virtudes de ser "leve" e começa a estupidez de ser leviano. A fronteira não é clara e há-de ser estreita.

Mas de uma coisa estou certo: só se pode levar as coisas numa "leve" quando se tem condições para tal. Quem vive em quadros de miséria e carência, quem tem da vida urbana uma paisagem de subúrbios desumanizados, quem tem problemas sérios de saúde, quem viu morrer um filho ou alguém muito próximo e amado, quem viu morrer uma após outra todas as ilusões, ou não é "leve" ou anda a Prozac. Poder ser "leve" é um privilégio, não toca a todos.

Mas tenho andado a pensar seriamente no assunto - tentando, claro, pensar de uma forma "leve", para que faça sentido. Muita gente, e leitores meus, acham que eu me indigno vezes de mais com coisas de mais. Não valeria a pena. Há um tipo que escreve sobre mim num blogue e que se irrita sobremaneira com o que ele acha ser a minha indignação permanente e traça de mim um retrato, até físico, que me deixa abalado. Preocupam-me, então, duas coisas: a minha recorrente indignação, tal como ele a descreve, e o facto de a minha indignação acarretar a indignação dele. Vou tentar mudar, a bem dos dois.

Em vez de dizer que as coisas me indignam ou revoltam, vou passar a dizer suavemente que elas me deprimem. Por exemplo: a história de Armando Vara, promovido ao nível máximo de vencimento na Caixa Geral de Depósitos e para efeitos de reforma futura, depois de já estar há dois meses a trabalhar na concorrência do BCP, é uma história que me deprime. Não, não, acreditem que, apesar de isto envolver o dinheiro que pago em impostos, esta história não me revolta nem me indigna, apenas me deprime. E de forma leve. Eu explico.

Toda a 'carreira', se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve".

Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores!

Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o 'factor Vara' deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta a porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos.

P.S. - Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250.000 euros de indemnização por "ofensas ao seu bom nome". Porque, algures, eu disse o seguinte: "Quando entra em cena Armando Vara, fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico". Aparentemente, o queixoso pensa que por "passado político" eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado "bom nome" lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série - ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do "bom nome" do sr. Armando Vara. Era o que faltava!